quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Senta que lá vem história...


Era uma vez.Basta esta frase para que venha a nossa mente uma história, e junto dela a imagem ou a voz de alguém que participou de nossa infância.
Contar histórias é uma prática milenar que já acarinhou corações de crianças e adultos no mundo todo, muitas delas atravessaram as fronteiras do tempo e do espaço e são recontadas até hoje. As mais conhecidas no ocidente são as fábulas dos irmãos Grimm, que registraram narrativas e lendas de tradição germânica.
Recuperar as histórias é uma das formas mais importantes de valorizar a cultura de um lugar. No Brasil por todo canto existem pessoas buscando transmitir esta arte, o assunto é de tamanha importância que os contadores de história são considerados parte de nosso patrimônio imaterial, ou seja parte daquilo que gera apesar da passagem do tempo um sentimento de identidade com a comunidade a qual pertencemos.
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação e da forma de organização da sociedade contemporânea, vinculada com a velocidade, acreditou-se que esta forma de relatar histórias seria extinta, porém, nascem e renascem maneiras de contar histórias nos grandes centros, dentro das escolas, nos lares e inseridas nos meios de comunicação.
A Rede Cultura de Televisão dá bastante atenção para produções que levem as crianças a esse universo em que a história é contada para ser construída através da fantasia, diferentemente do que elas estão acostumadas em que as imagens saltam da tela sem que precise usar muito a imaginação.
Para transmitir as histórias alguns buscam usar elementos além da voz, assim, vale um pouco de tudo, figurino, tapetes, bonecos, brinquedos e até elementos do cotidiano.
Os leitores com a minha idade devem se lembrar dos contadores que apareciam na programação da Cultura contando histórias com canetas e xícaras. Passei muitas tardes na casa da minha avó brincando escondido com os bonecos de porcelana da cristaleira.
Existem até cursos para quem quer aprender a contar histórias, as aulas falam um pouco de práticas que deveriam fazer mais parte do nosso dia-a-dia como sorrir e olhar nos olhos ao dizer algo. A prática é utilizada como forma de incentivar novos leitores, ensinar e transmitir valores de forma lúdica.
Contar histórias é sempre uma boa experiência, nos faz voltar a nossa própria infância para buscar o que gostávamos de ver e ouvir quando éramos pequenos, nos faz deixar o senso de ridículo de lado e o mais interessante é olhar para a “platéia” e saber que na imaginação delas muitas aventuras fantásticas estão acontecendo.

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