quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Imagem


Fui para uma comunidade em Goiás durante o carnaval, e quando passei pela rodoviária de Brasília registrei essa imagem.

Fiquei observando a movimentação das pessoas, alguns paravam liam rapidamente alguma notícia, outros entravam e compravam um jornal, outros ainda ficavam vários minutos lendo a primeira página de todos os jornais que estavam ali expostos.

Achei interessante porque foi a primeira vez que vi um jornaleiro que colocase as primeiras páginas dos principais jornais do dia em exposição, como numa vitrine.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Refletir

Estava pesquisando sobre a redução da maioridade penal, e entrei no site para jovens do portal Terra onde eles promovem fóruns de discussão, li várias manifestações dos jovens, e uma me surpreendeu e me fez pensar em como a imprensa coloca os fatos e em como as pessoas lidam com essa informações.
O jovem dizia que era injusto não haver punição para os que mataram o menino João Hélio, que eles não podem ser considerados crianças se são capazes de tal atrocidade, que crianças são aqueles que tem pai e mãe e não os que já nascem roubando.
Me parece que existe uma grande dificuldade de se enxergar o que está “longe” do lugar que vivemos, crianças morrem de fome no mundo todo, vivem em condições sub humanas e no Brasil a realidade da maioria não é nada reconfortante.
O nosso sistema penitenciário não funciona, isso também não é novidade, mas ao ler esse fórum percebi que algumas pessoas não perceberam que a mudança tem de ser social, educacional e não somente de leis penais.
A imprensa diversas vezes usa de palavras e imagens que incitam as pessoas a pensar em vingança, a capa da Veja desta semana prova bem isso , a foto do menino e a pergunta ...Não vamos fazer nada?
Um pergunta que poderia dar uma boa discussão se fosse levada para os problemas de desigualdade social, de que vivemos em uma organização social que precisa de transformações.Mas não, a discussão da revista mais lida pela classe média brasileira é como manter os bandidos na prisão.
Muitas colocações me chamaram a atenção nessa reportagem, mas a principal delas está no final em que o jornalista coloca “Que se faça o que tem ser feito já para conter a hemorragia social provocada pelo crime.Ou, em breve, estaremos chorando outro João Hélio.
Só choramos por João Hélio porque fomos bombardeados com as notícias, com as fotos, com as imagens do carro, dos seus pais chorando , não choramos por todos os menores que sofrem todo tipo de maltrato nas ruas, porque isso é “aceitável”.
Os rostos dos meninos acusados do crime estão nas nossas mentes e, um sentimento de ódio vem ao coração.Mas esse sentimento faz alguma diferença se não for transformado em ação social? Continuamos sem fazer nada , esperando soluções governamentais e chorando na sala de nossa casas, comendo pipoca e assistindo ao Jornal Nacional.


Filme indicado: “Ônibus 174” , porque o “ator” principal também foi criança um dia.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Tv de qualidade, cadê?

Na TV aberta brasileira é muito difícil encontrar programação de qualidade, você muda de canal e quase nem percebe que mudou, os canais repetem as mesmas fórmulas de produção desde o inicio da televisão.
Nossa Tv funciona no sistema de concessões, os que estão na direção das emissoras em nosso país tem interesses privados.
A regulamentação dessas concessões e dos direitos e deveres das emissores não é colocada em prática, as concessões envolvem leis subjetivas e interesses estritamente financeiros.
Na luta acirrada pela audiência, a ética fica diversas vezes esquecida.Programas que se utilizam da pobreza, da diversidade de todo tipo são comuns, explorando a imagem de diversas pessoas, desrespeitando os direitos humanos.
Porém todo esse péssimo cenário não é percebido somente nas emissoras de tv aberta de nosso país, pois as emissoras ligadas ao sistema de tv paga diversas vezes também não apresentam programação de qualidade, talvez porque a maioria das emissoras pagas são dos mesmos donos das emissoras abertas.
Estão sendo dados diversos passos em torno de uma tv de mais qualidade, como a ong midiativa, as televisões educativas, e a popularização de vídeos pela Internet. São passos ainda pequenos, sendo que uma boa parte da população brasileira não tem acesso diário a Internet, e se informa pelos jornais televisivos, mas que com certeza fazem a diferença.
A minha preocupação é que existem em nosso país poucas escolas de comunicação que pesquisem caminhos alternativos as fórmulas comerciais da televisão.
Torna-se imprescindível discutir e buscar a prática, pois a tv é um meio de comunicação com grande força, principalmente se bem usado.