tag:blogger.com,1999:blog-385523982024-03-13T04:39:52.228-03:00Unir PalavrasUnknownnoreply@blogger.comBlogger106125tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-11981694006596969822011-08-28T00:49:00.001-03:002011-08-28T00:51:02.827-03:00Uma outra comunicação é possível?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A comunicação como a entendemos hoje, relacionada aos meios de comunicação, nasce com os ideais da Idade Moderna, que se diferencia da Idade Média essencialmente pela concepção de sujeito autônomo, impulsionada pelos ideais iluministas. Portanto, a comunicação estava vinculada ao ideal revolucionário de ampliação da esfera pública, compreendendo esfera pública como a dimensão da vida social em que as pessoas podem manifestar suas ideias livremente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Emerge então na sociedade moderna a demanda pela informação, pela ampliação do debate público. Partindo desses pressupostos, podemos considerar que a história do jornalismo acompanha a história da sociedade moderna. Ciro Marcondes Filho (2000) chama a primeira fase do jornalismo de jornalismo de Ilustração, trata-se de publicações que defendiam causas políticas específicas. A segunda fase pode ser chamada de jornalismo mercantil, que passa a vender informação e a tentar diferenciar informação de opinião.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Com a venda de informações o jornalismo caminhou para a criação e ampliação de empresas de comunicação e o fortalecimento dessas empresas juntamente com o desenvolvimento de tecnologias da informação, remete ao que poderíamos chamar hoje de jornalismo tecnológico, que busca ser multilinguagem e é marcado pelo monopólio das empresas transnacionais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Analisar esse percurso passa inevitavelmente pelas tentativas de compreensão da sociedade moderna como um todo. Octavio Ianni (2000) coloca que, na modernidade conceitos clássicos como cidadania, ideologia e sociedade são compreendidos como consumo, mercadoria e mercado e são estes últimos os crivos do que é disseminado pelos grandes meios de comunicação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Quando falamos em jornalismo tecnológico, estamos tratando de uma nova esfera representativa que está se construindo com o avanço surpreendente das novas tecnologias. Esta nova perspectiva afeta todas as relações e cria novas formas de compreensão da realidade e das representações. Muniz Sodré (2002) desenvolveu o conceito de bios midiático em que, revisitando as instâncias da vida colocadas por Aristóteles, afirma que há um novo espaço de existência contemporâneo, que possui valores técnicos, sociais e burocráticos próprios e que tem como uma de suas características a supervalorização da imagem, fortalecendo os simulacros e criando uma outra esfera pública com ideais diferentes daqueles colocados por Habermas (1984), que intensifica a falsa sensação de democratização do poder e da informação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">De maneira paralela e concomitante, nascem formas de comunicação independentes aos poderes instituídos, é o que John Downing (2002) chama de mídia radical alternativa, que tem como seus argumentos centrais a pluralidade das culturas populares e o diálogo constante entre as culturas de oposição, culturas de massa e culturas populares. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na busca de um conceito de cultura popular, Downing (2002) problematiza alguns teóricos como Theodor Adorno e Max Horkeimer, autores da Escola de Frankfurt. Adorno, ao rever o conceito de cultura de massa produzida dentro da lógica industrial, desenvolve o conceito de indústria cultural. Downing coloca que a indústria cultural impede a criatividade e limita a construção simbólica para além das classes dominantes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ao observamos a abordagem sócio histórica de cultura popular colocada pelos teóricos dos Estudos Culturais (Escola de Birmingham), constata-se que, na busca por trabalhar os conceitos de maneira dialética, que em Stuart Hall (2003) estão inseridos em uma perspectiva diaspórica (compreende as hibridizações inevitáveis entre as culturas, especialmente diante dos processos de deslocamentos marcados pelas migrações e imigrações), há uma superação de conceitos enrijecidos de cultura popular, que a vinculam a uma tradição folclorista, não engajada e limitada dentro de um espaço de tempo e território.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Para Downing (2002), toda forma de mídia influencia de alguma maneira o movimento das sociedades, portanto, o estudo contextualizado da comunicação não pode ignorar as manifestações que não estão vinculadas à grande mídia. Ainda de acordo com o autor, as manifestações artísticas como danças, anedotas, teatro, gravuras, filmes, tatuagens, murais e grafite podem ser compreendidas como mídia radical tanto quanto o uso de meios mais tradicionais de comunicação como os jornais, emissoras de rádio e televisão e a internet.</span></div><br />
O cenário da comunicação brasileira se demonstra cada vez mais perverso, marcado por monopólios, pelo não respeito aos artigos da Constituição, por guerras claras de poder e pelo uso indevido das informações, em um processo que mais confunde do que esclarece a população.<br />
<br />
A concepção de uma mídia para além dos grandes grupos transnacionais de comunicação, independentemente de ser chamada alternativa, radical, subalterna, contra-hegemônica ou popular, se caracteriza essencialmente pela crítica e pela manifestação da diversidade e é necessária para a construção de uma sociedade que saiba lidar melhor com a pluralidade de culturas. <br />
<br />
<br />
<strong>Bibliografia:</strong><br />
<br />
MARCONDES FILHO, Ciro. A Saga dos Cães Perdidos.São Paulo: Hacker editores, 2002<br />
<br />
HABERMAS,Jurgen. Mudança Estrutural da Esfera Pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984<br />
<br />
IANNI, Octavio. Enigmas da Modernidade Mundo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 <br />
<br />
SODRÉ, Muniz. Antropológica do Espelho. Petrópolis: Vozes, 2002<br />
<br />
DOWNING, John. Mídia Radical. São Paulo : editora SENAC, 2002<br />
<br />
ADORNO, T e HORKHEIMER. M. Indústria Cultural – o esclarecimento como mistificação das massas. In: Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.<br />
<br />
HALL, Stuart. Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-31031557849703244462011-04-30T15:22:00.002-03:002011-04-30T15:40:26.335-03:00Tatyana, de Deborah Colker<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxR6QDUkFc3ixXz21ayyV2iM23kLXQRDYJvE7_NoMRfJz_0rmPylj5OWCn7hzGucp9lhz6OQB9lsydelWJ99-M4aRRnxYsA2GI6ACHVcOykIMk2AI28PdicujfraTKImxD5zhnsw/s1600/ballet-deborah-colker.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxR6QDUkFc3ixXz21ayyV2iM23kLXQRDYJvE7_NoMRfJz_0rmPylj5OWCn7hzGucp9lhz6OQB9lsydelWJ99-M4aRRnxYsA2GI6ACHVcOykIMk2AI28PdicujfraTKImxD5zhnsw/s320/ballet-deborah-colker.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; line-height: normal;"><br />
<span style="font-size: large;">No palco uma grande armação de madeira móvel parecida com uma árvore, corpos se movimentam sincronizados com uma música forte e rápida, escalam a árvore, desafiam os sentidos do público e os olhos que não parecem capazes de acompanhar tantos movimentos.</span></div><div class="MsoNormal" style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; line-height: normal;"><span style="font-size: large;">Assim começa o primeiro ato do espetáculo de dança contemporânea Tatyana, assinado pela Cia Deborah Colker. A carioca Colker é conhecida como a diretora do movimento, e não há dúvidas sobre sua capacidade de surpreender.</span></div><div class="MsoNormal" style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; line-height: normal;"><span style="font-size: large;">O segundo ato da apresentação conta com efeitos de iluminação sobre grandes telas que dão a impressão de haver dois ou três planos no mesmo palco. Diferentemente do primeiro ato, rápido e colorido, o público adentra um universo mais exato que lembra filmes antigos, preto e branco, movimentos lentos e sincronizados.</span></div><div class="MsoNormal" style="color: black; font-family: Times,"Times New Roman",serif; line-height: normal;"><span style="font-size: large;">O espetáculo é baseado na obra do russo Aleksandr Pushkin, nomeada “Evguêni Oniéguin”, no entanto, não é preciso conhecer o texto para se emocionar com a beleza da coreografia que conta uma história com duelos, morte, paixão, encontros e desencontros. Os personagens parecem buscar algo em seu próprio corpo ou no corpo dos outros, danças solitárias se completam com as coreografias coletivas em um movimento de solidão e companheirismo.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; line-height: normal;"><span style="color: black; font-size: large;">Tudo é simples e majestoso ao mesmo tempo, o cenário parece desafiar os dançarinos e o figurino é rico em pequenos elementos como as sapatilhas que parcialmente cobrem os pés descalços. A iluminação também parece brincar com as cores e possibilidades, o palco nunca está totalmente aparente, há sempre algum movimento a ser descoberto pela luz e os enigmas com as sombras. O apagar e acender das luzes no segundo ato enriquecem a teatralidade do espetáculo.</span><br />
<span style="color: black; font-size: large;">Provocante em todos os momentos, a apresentação permite um êxtase sensorial e a sensação de que poderia ver a mesma coreografia inúmeras vezes. </span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-52737873530173614452011-03-14T03:21:00.000-03:002011-03-14T03:21:21.281-03:00madrugadadepois de um sonho ruim<br />
um vislumbre<br />
de que a vida,essa que corre lá fora<br />
e dentro de mim<br />
está querendo carinhoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-15106319797451692952011-01-15T16:04:00.000-02:002011-01-15T16:04:57.765-02:00Exercícios poéticos<i>dias de despedida</i><br />
<br />
hoje o dia acordou com outras cores<br />
mais leves, amenas, azuladas<br />
não é felicidade eufórica,<br />
nem tristeza melancólica<br />
é sensação de adeus<br />
de algum vazio que permanece<br />
história que termina<br />
outras que começam<br />
seja feliz<br />
seremos felizes<br />
( 15/01/2011)<br />
<br />
<i>novo </i><br />
<br />
unir palavras, significados<br />
cheiro de terra molhada<br />
coração calmaria, pés no chão<br />
reencontros de almas<br />
brincar de sonoridades,sorrir<br />
energias em abraços e olhares<br />
vontade de voltar<br />
retomada,carinho<br />
reencontrar-se no desejo dessa terra<br />
em objetivos sublimados<br />
para longe, voar<br />
novo ano, anseios de renovação<br />
e aceitação<br />
(reveillon 2010-2011)<br />
<br />
<i>me reconheço</i><br />
<br />
me reconheço no amor pelas pessoas, observar beleza de olhares e gestos<br />
em cada ser que se expressa, que se encoraja, que luta<br />
em cada ser em que me vejo entre dores e dúvidas<br />
<br />
pisar descalça na terra, sentir algo de mágico na luz da lua<br />
orar para conversar com as estrelas <br />
<br />
descobrir no outro algo de surpreendente<br />
me sentir leve ao odores e sabores de Dionísio<br />
doar corpo e alma <br />
<br />
me reconheço na paixão que avassala sentidos <br />
nos soluços de saudade<br />
nas sonoridades, cores e poemas<br />
<br />
deixar com que o corpo seja brisa,dançar<br />
valorizar silêncios, olhares<br />
o não cotidiano<br />
viagens, estradas, linguagens<br />
escutar, sabedoria que não está nos livros,<br />
que precisa ser tocada com a alma <br />
<br />
me reconheço nos amigos<br />
nos abraços que valorizo, nas longas conversas<br />
nas distâncias ultrapassadas pelo carinho<br />
<br />
ser inteira é ser incompleta<br />
buscar em cada sentido um outro significado<br />
(11/07/2010)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-14650572343193461302010-12-14T15:23:00.000-02:002010-12-14T15:23:06.615-02:00Seminário Avançado promovido pelo CELACC contou com a presença de Laymert Garcia dos Santos<!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:DontVertAlignCellWithSp/> <w:DontBreakConstrainedForcedTables/> <w:DontVertAlignInTxbx/> <w:Word11KerningPairs/> <w:CachedColBalance/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
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</style> <![endif]--> <div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">No último sábado (11), o sociólogo e jornalista Laymert Garcia dos Santos participou de um seminário promovido pelo CELACC (Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação). O evento aconteceu no Auditório Freitas Nobre na ECA (Escola de Comunicação e Artes), foi mediado pelo prof. Dr. Silas Nogueira e contou com a participação de alunos da USP e de outras universidades </div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">O conteúdo do seminário foi baseado nos temas apresentados durante o Fórum Internacional Geopolítica da Cultura e da Tecnologia, realizado entre 11 e 13 de novembro de 2010 na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.<br />
O conceito central do Fórum, que se refletiu no Seminário Avançado realizado pelo Celacc, é a possibilidade de o Brasil efetivar uma estratégia de autonomia relativa com relação ao centro hegemônico, por meio do reconhecimento da cultura do povo brasileiro e a consideração de seu potencial, que poderia ser resumido em sua diversidade e capacidade de transformar adversidade em positividade. Laymert salientou ainda que esse potencial encontrado na cultura é mais reconhecido pela mídia estrangeira do que pela nacional.</span></div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">Segundo o professor, o povo brasileiro tem um enorme potencial cultural pela sua capacidade de criação mesmo com as dificuldades de acesso à informação e à cultura (cinema, teatro). No entanto, ao tratar da cultura indígena afirmou que há um processo de aculturação que o brasileiro apóia. “Populações estão desaparecendo na nossa frente, sem nos darmos conta da importância disso”, afirmou.</div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">Laymert falou sobre suas experiências com comunidades indígenas e as dificuldades em se compreender a riqueza e a vivacidade da cultura das tribos, em especial suas relações com o próprio corpo e com a natureza, que de acordo com o professor se dão de formas muito mais sofisticadas e complexas que as relações do homem branco. </div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">Para enfatizar o paradoxo cultural brasileiro, o professor ponderou sobre os estudos gregos sobre os mitos, na constante busca dos pesquisadores da Grécia em recuperar e valorizar o conhecimento ancestral. “Nós somos 230 povos míticos vivos e não fazemos nada, temos uma enorme riqueza e não a conhecemos”.</div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">“O mundo todo está olhando para nós, o Brasil entrou para o mapa. Estamos no momento histórico de saber a que viemos, de valorização do potencial nacional”, com tal afirmação, o sociólogo evidenciou que apesar dos avanços nas relações diplomáticas do país, na exportação de arte e dos progressos nos estudos de biotecnologia que dependem em grande parte da diversidade em bens naturais presentes em terras brasileiras, não avançaremos nas relações com os países ricos e não construiremos nenhuma autonomia se não diminuirmos os níveis de exclusão atuais</div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">O sociólogo, que já foi membro da diretoria da Bienal de Arte de São Paulo, tratou ainda da importância da pichação e de toda a concepção política desta arte que hoje é exportada do Brasil para boa parte do mundo, apesar de ser desvalorizada pelos próprios brasileiros. Afirmou também que as relações com a arte mudaram, que a Europa deixou de ser referência e que novas concepções nasceram com a globalização, como a criação coletiva da arte para além da compreensão de nacionalismo ratificada nos anos de 1950.</div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">Laymert criticou a grande imprensa brasileira, em especial a cobertura caluniosa sobre as relações diplomáticas que o Brasil construiu nos últimos anos. “Nossa elite prefere ser subordinada”.</div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;"><span> </span>Ainda afirmou que a mídia tem um enorme papel na consolidação da falsa democracia que vivemos no ocidente e que é necessário que compreendamos o poder e a capacidade da internet na reconstrução das relações na esfera pública, salientando o Wikileaks como instrumento de questionamento da circulação de informações no mundo.</div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">O professor se mostrou a favor da criação de um bloco na América do Sul, que consiga conceber uma autonomia relativa para se proteger da hegemonia chinesa. “Estamos entrando na segunda globalização, onde as cartas estão sendo redistribuídas”</div><div class="MsoNormal" style="color: black; text-align: justify;">Finalizando o seminário, Laymert respondeu questionamentos do público sobre as relações entre os movimentos sociais e a cultura, debateu a desvalorização da cultura popular dentro das universidades e a falência da política neoliberal dos Estados Unidos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>(Colaboração: Bruna Lazarini) </i></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-28585226056379034612010-11-18T10:11:00.001-02:002010-11-18T10:13:21.262-02:00Programação Consciência Negra 2010- Ribeirão Preto<div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQn5WLnNHqqwI9sHBEDepSEc4XUvTdzAQWQ0JnRv7p3E7LIUDI7UQzU1z1ZAK_MG5tJVVcVsKkFbsEqzqKfGZNRNsFe6SQmjlI9LjjDIEo2QuRwLyfjGKeC55iR8pobqZm4yYpRw/s1600/PROGRAMACAO+CONSCIENCIA+NEGRA+2010.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQn5WLnNHqqwI9sHBEDepSEc4XUvTdzAQWQ0JnRv7p3E7LIUDI7UQzU1z1ZAK_MG5tJVVcVsKkFbsEqzqKfGZNRNsFe6SQmjlI9LjjDIEo2QuRwLyfjGKeC55iR8pobqZm4yYpRw/s200/PROGRAMACAO+CONSCIENCIA+NEGRA+2010.jpg" width="141" /></a></div><br />
</div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>18 DE NOVEMBRO DE 2010 (QUINTA-FEIRA)</b>:</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;">19h30 – <b>CURTA</b> <b>AFROOLHAR</b> – Mostra de filmes curtas sobre a temática étnico-racial, seguido de debate. (Clube de Cinema Fora do Eixo)</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;">Local: Centro Cultural Orùnmilá.</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>19 DE NOVEMBRO DE 2010 (SEXTA-FEIRA):</b></span></div><ul><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">19h30 – MESA REDONDA </span><b>“CULTURA NEGRA – ANCESTRALIDADE E CONTEMPORANEIDADE</b><span style="font-weight: normal;">”</span></span></div><li> <div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;">“</span><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>Religiosidade de Matriz Africana e Cultura Negra</b>” - Elemoso Paulo César Pereira de Oliveira (Mestre Tolomi);</span></div></li>
<li> <div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;">“</span><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>Cultura Negra e Educação Formal – Interfaces para a Implementação da Lei 10.639/03</b>” - Professora Silvany Euclênio; </span></div></li>
<li> <div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;">“</span><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>Capoeira – A Roda que Educa</b>” - Contramestre Rasta (Edno Silva); </span></div></li>
<li> <div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;">“</span><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>Cultura Negra e Comunicação</b>” - Professor Silas Nogueira.</span></div></li>
</ul><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;">LOCAL: Centro Cultural Orùnmilá.</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>20 DE NOVEMBRO DE 2010 (SÁBADO)</b></span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">16h às 22h - </span><b>Mostra de Cultura Negra</b></span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;">Local: Rua Orùnmilá (em frente o Centro Cultural Orùnmilá);</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">CONVIDADOS JÁ CONFIRMADOS: Afoxé Omo Orùnmilá; Coletivo Família Pedra Negra; Bloco Chapeletas; Grupo Cativeiro de Capoeira; Escola de Samba Tradição do Ipiranga; Escola de Samba Bambas; Luizinho Castro; Márcio Bahia; Banda Magia Natural; MC's Indinho Psicodélico, Fran e Black Dread Look; DJ's Rogério Brito, Bolinha, Vanessa e Finim; Coletivo Enxame de Bauru; Massa Coletiva de São Carlos; Cia Ainda Sem Nome.</span></span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;"> </span><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2010 (DOMINGO)</b></span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;"><b>10h às 16h: EntrePontos</b><span style="font-weight: normal;"> – Encontro de Pontos de Cultura de Ribeirão Preto e Região (análise das atividades desenvolvidas em 2010, discussão das perspectivas para 2011).</span></span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;">Os Pontos de Cultura e Entidades interessados em participar, solicitamos a confirmação da presença até o dia 12 de novembro de 2010.</span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Andalus,serif; font-size: small;">Local: Centro Cultural Orùnmilá.</span></div><div align="justify" lang="zxx" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="justify" lang="zxx" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: small;">MAIORES INFORMAÇÕES: </span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://www.orunmila.org.br/" target="_blank"><span lang="zxx">www.orunmila.org.br</span></a></span></div><div align="justify" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://mce_host/compose?to=orunmila@ibest.com.br" target="_blank"><span lang="zxx">orunmila@ibest.com.br</span></a></span></div><div align="justify" lang="zxx" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0.1cm;"><span style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: small;">(16) 30214853</span></div><div align="justify" lang="zxx" style="background: none repeat scroll 0% 0% transparent; font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0.1cm;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-80781448058002250062010-11-05T11:10:00.002-02:002010-11-05T11:23:19.554-02:00A comunicação e a valorização da cultura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQDAmniYsY8qJn8jfWe5m-6X3CZcm71UM3A389bf6zIP2ILy4uh7rymMpcN_vhQGHFaaS-7IqMy-oi37JV1-dKGbOLqflO5UWTT3yGgINQ_7o0rvpVWMue8RQCjMoySAlHzSE1gg/s1600/boi-cultura-maranhense.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQDAmniYsY8qJn8jfWe5m-6X3CZcm71UM3A389bf6zIP2ILy4uh7rymMpcN_vhQGHFaaS-7IqMy-oi37JV1-dKGbOLqflO5UWTT3yGgINQ_7o0rvpVWMue8RQCjMoySAlHzSE1gg/s400/boi-cultura-maranhense.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">A comunicação é um campo de tensões, assim como a cultura. Sobre ambos os termos existem inúmeras leituras e pesquisas, o que demonstra a relevância destas práticas para a compreensão da sociedade e também como elementos que carregam possibilidades de transformação social.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Inicialmente é imprescindível compreender a cultura e a comunicação de forma abrangente, como parte das relações sociais inseridas em um contexto histórico e que contém em si características específicas.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Cultura não como um lugar em que se produzem bens simbólicos, conceito difundido com a industrialização, em que há a concepção de bem cultural como mercadoria. O termo remete às relações sociais, às recriações, aos diálogos com outras manifestações e as possibilidades de expressão criadas por determinado povo. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">As divisões entre o que é cultura popular, erudita, subalterna e tantas outras nomenclaturas reforçam a idéia de cultura como lugar específico, intocável e também reforçam a concepção da existência de uma determinada cultura superior a outras.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Não se trata de ignorar que a cultura é um campo construído na cotidianidade em que se revela a distribuição desigual de bens tanto simbólicos, quanto materiais, mas sim de compreendê-la, como um campo de lutas, de diálogos, adaptações e transformações.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">O pesquisador argentino Nestor García Canclini define a cultura como um conjunto de processos material simbólicos, onde é possível compreender, reproduzir e transformar toda a estrutura social.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Não há homogeneidade cultural dentro das classes sociais, não há uma cultura popular pura e autônoma. Como bem afirma Maria Nazareth Ferreira, na cultura das classes subalternas convivem as raízes ancestrais, as influências das classes hegemônicas e as características de sua realidade social.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Para buscar as relações entre comunicação e cultura, torna-se necessário entender o conceito de hegemonia, que permite uma análise das relações políticas, sociais e culturais no campo da comunicação de maneira não determinista. O conceito desenvolvido por Antonio Gramsci coloca o caráter inseparável entre as dimensões sociais e culturais, compreendendo que é no campo da sociedade civil que a hegemonia é construída e mantida através das mais variadas relações de poder. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Dentre as ferramentas da manutenção do consenso estão os meios de comunicação que divulgam os discursos do poder e cada vez mais assumem outras funções, ganhando mais importância na sociedade contemporânea. De acordo com Marilena Chauí, uma das maneiras mais eficazes para a manutenção do poder é estabelecer uma unificação entre a realidade e as representações acerca delas. Há, portanto, um esforço por parte das elites para tratar as desigualdades como algo não conflituoso, para não conceder espaço para as manifestações da diferença e para as contradições sociais. Dessa forma, a desigualdade aparece como sinônimo de diversidade, como fator comum dentro da construção de uma suposta cidadania. Esta estrutura de relações complexas, em que a dominação permanece oculta e como algo instransponível, remete a toda a concepção histórica da Modernidade. A complexa construção dessa etapa histórica que chega aos nossos dias, tem início por volta de meados do século XVI e teve grande impulso com os ideais do Iluminismo. Posteriormente caminhou ao lado ou junto ao ideário que consolidaria a sociedade capitalista, como formação social e ao liberalismo como proposta política da crescente burguesia. Essas aproximações, e até mesmo confusões, geraram formas regulatórias que fizeram com que os ideais de emancipação, herança do Iluminismo, se tornassem cada vez mais distantes, reforçados com uma sociedade que mais se caracteriza pela desigualdade, alienação e exploração do que pela liberdade, igualdade e fraternidade.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">O conceito de cidadania que vai ganhando novas leituras, desde suas origens na Antiguidade Clássica, tem no sociólogo Thomas Marshall, uma de suas teorizações mais aceitas embora sua leitura também é passível de críticas e pode ser complementada dentro da própria concepção de que cidadania é um conceito e uma prática política em construção, que acompanha tanto peculiaridades de cada sociedade como os avanços históricos. Para Marshall a cidadania é colocada como a participação integral do individuo na comunidade política e o reconhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos para com o Estado, em que cidadão seria aquele que detém os três direitos: civis (liberdade individual), políticos (participação política ampla) e sociais (bem estar).</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Dentre estes direitos está embutido, ainda que tantas vezes passe desapercebido, o direito à comunicação. Direito este que não pode ser compreendido apenas como o acesso aos meios de comunicação, mas também, como direito a comunicar-se, direito de expressão de ideias, de construção de diálogos entre um grande número de pessoas. Isso implica também, na contemporaneidade, o direito e a possibilidade de criar, gerir e ou administrar os chamados “meios de comunicação”, os mecanismo de comunicação coletiva, rádio, TVs, jornais, revistas, sítios eletrônicos.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">O direito à comunicação é fomentador da cidadania. Os dois conceitos estão entrelaçados porque a comunicação, tanto individual como coletiva, quando exercida e utilizada democraticamente, permite compreender os diferentes códigos, as diversidades de pensamento, enfim, a riqueza e a complexidade presentes na sociedade.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Ao observar os meios de comunicação na América Latina e sua profunda concentração nas mãos das classes hegemônicas, compreende-se como a concepção de Gramsci de inseparabilidade do mundo econômico e do mundo político é necessária não só para compreender a sociedade, mas para criar mecanismos de transformação.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Apesar da democratização da comunicação ser assunto debatido há décadas e estarmos distantes de sua consolidação, por inúmeras dificuldades, entre elas o fato do Estado não ver (ou não querer ver) a comunicação como algo tão importante quanto os outros direitos básicos, muitos países caminharam e conseguiram rever suas leis de radiodifusão como a Argentina, Venezuela, Uruguai e Equador. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Esses avanços, que são divulgados pela grande mídia brasileira como ataques à liberdade de imprensa, são na realidade passos concretos para a diversidade comunicacional, para o sentido coletivo e democrático de expressão.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Não há construção efetiva da cidadania cultural sem que as múltiplas vozes tenham direito de expressão. Ainda que pesquisas comprovem que haja espaço, mesmo que limitado, para os interesses das classes sociais subalternas na grande mídia, os dados somente comprovam a teoria gramsciana, de que as classes hegemônicas reafirmam a ideologia de uma sociedade democrática também através de pequenos espaços de concessão aos interesses das classes subalternas.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Uma revisão da história da imprensa, ou da mídia em um conceito ampliado, permite perceber que a sociedade sempre buscou novas formas de se comunicar, de construir meios alternativos de comunicação. Esta busca assume hoje novos espaços, novas linguagens e novos meios com a Internet e apesar das ainda visíveis dificuldades de acesso à rede, são espaços que não podem ser ignorados nesta caminhada pela democratização, porque são instrumentos políticos que podem ser apropriados pelas minorias. Minorias aqui compreendidas a partir de Muniz Sodré, para quem minoria é um lugar de transformações das identidades e das relações de poder.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">O ideal de democratização dos meios de comunicação massiva passa por uma revisão do próprio conceito de comunicação, que não pode mais ser compreendida verticalmente. As próprias universidades de comunicação dificultam o processo de democratização, por não conceberem a comunicação como instrumento político de transformação social. Em sua grande maioria, os cursos de comunicação apresentam espaços limitados para reflexão e, em função disso, revelam profissionais da área que não conseguem analisar a realidade e, como se sabe, sem a crítica não há transformação.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">A comunicação, portanto, não só dialoga mas é algo indissociável da cidadania e da cultura, mas para que este diálogo e esta relação sejam efetivamente democráticos é necessário rever as características das relações políticas e sociais e compreender que toda prática relacionada ao universo que compreende a cultura e a comunicação tem um caráter político, no amplo sentido, que pode ser transformador.<br />
<br />
(colaboração: prof. Silas Nogueira) </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-67973455898796284762010-11-04T15:06:00.000-02:002010-11-04T15:06:50.962-02:00Uma outra comunicação é possível?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCMZJGOWzVGHeCaG_0SV15g3h-k91iVYLOnI81NJnmnNpKW1LBBWZGnQ7mKLHf9_6KuztQQ2TXb77MkGRGXvZdfP1NwxutG4MQWSLM-XTHC7axgJN0wxGSuntqQ6nDfA5ffUpeog/s1600/COMICIO_SPEAKER_031374cee6_400x225.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCMZJGOWzVGHeCaG_0SV15g3h-k91iVYLOnI81NJnmnNpKW1LBBWZGnQ7mKLHf9_6KuztQQ2TXb77MkGRGXvZdfP1NwxutG4MQWSLM-XTHC7axgJN0wxGSuntqQ6nDfA5ffUpeog/s320/COMICIO_SPEAKER_031374cee6_400x225.jpg" width="320" /></a></div><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:DontVertAlignCellWithSp/> <w:DontBreakConstrainedForcedTables/> <w:DontVertAlignInTxbx/> <w:Word11KerningPairs/> <w:CachedColBalance/> </w:Compatibility> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
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<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A comunicação como a entendemos hoje, relacionada aos meios de comunicação, nasce com os ideais da Idade Moderna, que se diferencia da Idade Média essencialmente pela concepção de sujeito autônomo, impulsionada pelos ideais iluministas. Portanto, a comunicação estava vinculada ao ideal revolucionário de ampliação da esfera pública, compreendendo esfera pública como a dimensão da vida social em que as pessoas podem manifestar suas ideias livremente.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Emerge então na sociedade moderna a demanda pela informação, pela ampliação do debate público. Partindo desses pressupostos, podemos considerar que a história do jornalismo acompanha a história da sociedade moderna. Ciro Marcondes Filho (2000) chama a primeira fase do jornalismo de jornalismo de Ilustração, trata-se de publicações que defendiam causas políticas específicas. A segunda fase pode ser chamada de jornalismo mercantil, que passa a vender informação e a tentar diferenciar informação de opinião.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Com a venda de informações o jornalismo caminhou para a criação e ampliação de empresas de comunicação e o fortalecimento dessas empresas juntamente com o desenvolvimento de tecnologias da informação, remete ao que poderíamos chamar hoje de jornalismo tecnológico, que busca ser multilinguagem e é marcado pelo monopólio das empresas transnacionais.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Analisar esse percurso passa inevitavelmente pelas tentativas de compreensão da sociedade moderna como um todo. Octavio Ianni (2000) coloca que, na modernidade conceitos clássicos como cidadania, ideologia e sociedade são compreendidos como consumo, mercadoria e mercado e são estes últimos os crivos do que é disseminado pelos grandes meios de comunicação.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quando falamos em jornalismo tecnológico, estamos tratando de uma nova esfera representativa que está se construindo com o avanço surpreendente das novas tecnologias. Esta nova perspectiva afeta todas as relações e cria novas formas de compreensão da realidade e das representações. Muniz Sodré (2002) desenvolveu o conceito de bios midiático em que, revisitando as instâncias da vida colocadas por Aristóteles, afirma que há um novo espaço de existência contemporâneo, que possui valores técnicos, sociais e burocráticos próprios e que tem como uma de suas características a supervalorização da imagem, fortalecendo os simulacros e criando uma outra esfera pública com ideais diferentes daqueles colocados por Habermas (1984), que intensifica a falsa sensação de democratização do poder e da informação.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">De maneira paralela e concomitante, nascem formas de comunicação independentes aos poderes instituídos, é o que John Downing (2002) chama de mídia radical alternativa, que tem como seus argumentos centrais a pluralidade das culturas populares e o diálogo constante entre as culturas de oposição, culturas de massa e culturas populares. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Na busca de um conceito de cultura popular, Downing (2002) problematiza alguns teóricos como Theodor Adorno e Max Horkeimer, autores da Escola de Frankfurt. Adorno, ao rever o conceito de cultura de massa produzida dentro da lógica industrial, desenvolve o conceito de indústria cultural. Downing coloca que a indústria cultural impede a criatividade e limita a construção simbólica para além das classes dominantes.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ao observamos a abordagem sócio histórica de cultura popular colocada pelos teóricos dos Estudos Culturais (Escola de Birmingham), constata-se que<span style="color: #ffcc00;">,</span> na busca por trabalhar os conceitos de maneira dialética, que em Stuart Hall (2003) estão inseridos em uma perspectiva diaspórica (compreende as hibridizações inevitáveis entre as culturas, especialmente diante dos processos de deslocamentos marcados pelas migrações e imigrações), há uma superação de conceitos enrijecidos de cultura popular, que a vinculam a uma tradição folclorista, não engajada e limitada dentro de um espaço de tempo e território.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para Downing (2002), toda forma de mídia influencia de alguma maneira o movimento das sociedades, portanto, o estudo contextualizado da comunicação não pode ignorar as manifestações que não estão vinculadas à grande mídia. Ainda de acordo com o autor, as manifestações artísticas como danças, anedotas, teatro, gravuras, filmes, tatuagens, murais e grafite podem ser compreendidas como mídia radical tanto quanto o uso de meios mais tradicionais de comunicação como os jornais, emissoras de rádio e televisão e a internet.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O cenário da comunicação brasileira se demonstra cada vez mais perverso, marcado por monopólios, pelo não respeito aos artigos da Constituição, por guerras claras de poder e pelo uso indevido das informações, em um processo que mais confunde do que esclarece a população.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A concepção de uma mídia para além dos grandes grupos transnacionais de comunicação, independentemente de ser chamada alternativa, radical, subalterna, contra-hegemônica ou popular, se caracteriza essencialmente pela crítica e pela manifestação da diversidade e é necessária para a construção de uma sociedade que saiba lidar melhor com a pluralidade de culturas. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Dentre os exemplos de mídia alternativa no país, podemos destacar o jornal “Brasil de Fato”, que foi lançado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre e há oito anos circula semanalmente com distribuição nacional. O jornal mantém também um website: <span> </span><a href="http://www.brasildefato.com.br/">http://www.brasildefato.com.br/</a> , que foi atualizado no segundo semestre de 2010.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A internet tem sido muito utilizada pelos movimentos sociais e pelos meios de comunicação alternativa que já existiam em plataformas tradicionais como uma ferramenta de divulgação e de troca de informações que vão além das pautas da grande mídia. Reunindo várias linguagens, o novo site do jornal Brasil de Fato, traz além das principais notícias veiculadas no jornal impresso, textos de articulistas, vídeos, charges e podcasts do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outra possibilidade de uso da internet são as rádios comunitárias, que possibilitam que emissoras de comunidades como a da favela de Santa Marta (www.radiosantamarta.com.br) e de Heliópolis (<cite><span style="font-style: normal;">www.<span>heliopolis</span>fm.com.br</span></cite></span><cite><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">)</span></cite><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> sejam ouvidas pelo mundo inteiro. Além do áudio no site da rádio Santa Marta é possível acompanhar também em vídeo o trabalho da comunidade. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A possibilidade da convergência de diversas linguagens na internet permite a ampliação dos espaços da mídia alternativa e a criação de redes de trocas de informação para além das pautas da grande mídia.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Bibliografia:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">MARCONDES FILHO, Ciro. <b>A Saga dos Cães Perdidos</b>.São Paulo: Hacker editores, 2002</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">HABERMAS,Jurgen. <b>Mudança Estrutural da Esfera Pública</b>. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984</span></div><div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">IANNI, Octavio. <b>Enigmas da Modernidade Mundo</b>. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">SODRÉ, Muniz. <b>Antropológica do Espelho</b>. Petrópolis: Vozes, 2002</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">DOWNING, John. <b>Mídia Radical</b>. São Paulo : editora SENAC, 2002</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">ADORNO, T e HORKHEIMER. M. Indústria Cultural – o esclarecimento como mistificação das massas. In: <b>Dialética do esclarecimento. </b>Rio de Janeiro: Zahar, 1996.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">HALL, Stuart. <b>Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais</b>. Belo Horizonte: UFMG, 2003.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-44601657963352832642010-10-06T16:46:00.000-03:002010-10-06T16:46:25.943-03:002o. Turno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5FpYTW9L9t2Qji61BxJmG5o6M_eo0ZoDP91DhoaPxXWOXu0n7rObViqmMTe3PXU_ucjHQa8J6px4FV_Iltwkp4L3cxVQRLfmEOBetVhE86sVzpfHJKEFiFAgALw8pmwlB3wdP0Q/s1600/100707153720marca_dilma1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5FpYTW9L9t2Qji61BxJmG5o6M_eo0ZoDP91DhoaPxXWOXu0n7rObViqmMTe3PXU_ucjHQa8J6px4FV_Iltwkp4L3cxVQRLfmEOBetVhE86sVzpfHJKEFiFAgALw8pmwlB3wdP0Q/s320/100707153720marca_dilma1.jpg" width="320" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-39065992596880616322010-09-26T23:59:00.005-03:002010-09-27T00:16:37.525-03:00Todo poder tem limite ???<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDB6K8fmibwduwd-ZZPsGeTEUFa05YajMt-WgJ1p6m8KPQmG0wG5TxkyP5HIptZKnIluJnDyfaI2cBmOsGbBtk2B65ynOxYxNmeQ3afsH9yJgoE8HJ-FKIUyL2z1oifAiIej0mcg/s1600/AQaNuwUrLn1zKRQvktzq.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDB6K8fmibwduwd-ZZPsGeTEUFa05YajMt-WgJ1p6m8KPQmG0wG5TxkyP5HIptZKnIluJnDyfaI2cBmOsGbBtk2B65ynOxYxNmeQ3afsH9yJgoE8HJ-FKIUyL2z1oifAiIej0mcg/s400/AQaNuwUrLn1zKRQvktzq.jpg" width="400" /></a></div>Surpresa (talvez esperada) hoje pela manhã um editorial enorme na capa do jornal “Folha de São Paulo” , texto inflamado afirmando que há um interesse do governo Lula e possivelmente do próximo governo em cercear a liberdade de imprensa. A capa da revista “Veja” não poderia ser diferente, uma estrela vermelha, um trecho do capítulo sobre a Comunicação Social da Constituição Federal e a chamada: “ A Liberdade Sob Ataque”.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>As críticas de Lula à grande imprensa chegaram tarde demais, um governo que teve como ministro das comunicações Hélio Costa, um homem historicamente vinculado aos grandes grupos de comunicação do país, que implantou um modelo de TV Digital que não colabora com a qualidade do conteúdo da programação, que não propôs revisões do papel da ANATEL e até mesmo fortaleceu a violência contra os movimentos das rádios livres e comunitárias. Um governo que só fez uma Conferência Nacional de Comunicação, que resultou na criação de uma lista enorme de propostas, sem nenhuma previsão de serem efetivadas. Que teve como maior bandeira a implantação dos telecentros e da banda larga, sem entender que mídia livre não é sinônimo de mídia digital, que o problema da comunicação no país é muito mais profundo que o acesso à internet.<br />
Parece clichê falar nos monopólios e oligopólios evidentes na comunicação deste país, mas talvez valha a pena refletir que temos sete famílias cuidando de 90% dos meios de comunicação, que não há possibilidade de aplicação do artigo da Comunicação Social porque não existem formas legais de controle do respeito à lei, que as leis de radiodifusão comunitária são limitantes, que as leis para regionalizar a programação estão tramitando no Congresso há mais de 10 anos e nunca são aprovadas, entre outros inúmeros fatores problemáticos.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Quando Lula se coloca contra à ação da grande imprensa ele reafirma que seu governo não tomou nenhuma decisão efetiva pela democratização da comunicação. A resposta da grande mídia reafirma que estamos sobre uma ditadura, a ditadura das grandes empresas de comunicação, que se sentiram contrariadas, que se eximem da responsabilidade pelo que expressam em um país que não compreende que a comunicação é um direito.<br />
O que há de mais surpreendente no dia de hoje talvez seja “O Estado de São Paulo” ter colocado seu apoio à candidatura de José Serra, afirmado que não preza e nunca prezou pelo equilíbrio ou pela tentativa de imparcialidade jornalística.<br />
Toda a movimentação da mídia às vésperas da eleição é esperada, estamos em uma semana de grandes decisões, o que não pode continuar sendo comum é o silêncio, a aceitação de uma mídia que não tem nenhum respeito pela diversidade e pela pluralidade, uma mídia que não se propõe a enriquecer o debate público.<br />
Independentemente de quem ganhe as eleições, as discussões de hoje devem abrir os olhos para a realidade problemática da comunicação no Brasil.Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-4731051238546130382010-06-04T19:14:00.001-03:002010-06-04T19:14:07.968-03:0010a Feira Nacional do Livro de Ribeirão acontece entre 10 e 20 de junho<meta content="text/html; charset=utf-8" http-equiv="Content-Type"></meta><meta content="Word.Document" name="ProgId"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Generator"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Originator"></meta><link href="file:///C:%5CUsers%5CLele%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><style>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A 10a Feira Nacional do Livro, a segunda maior a céu aberto do Brasil, chega a sua edição de aniversário com uma programação rica em novidades, com grandes nomes de cenário cultural efervescendo a cidade com atrações gratuitas durante 11 dias consecutivos. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Feira, que cresce a cada ano, além dos 16 mil metros quadrados das praças Carlos Gomes e XV de Novembro, ocupará outros espaços como os Estúdios Kaiser de Cinema, a biblioteca Padre Euclides, o Theatro Pedro II, o Teatro Auxiliadora, Centro Cultural Palace, Pingüim Cultural e os shoppings. Um dos maiores objetivos da organização é que o evento seja itinerante, promovendo cultura gratuita em diferentes espaços da cidade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As principais novidades de 2010 são o Projeto Corredor Literário, em que autores convidados participarão de bate-papo nos shoppings; a Aldeia Cultural, que convidará artistas a lerem obras de autores locais no Theatro Pedro II; a Vila do Livro e a Casa do Menino Maluquinho, especialmente criados para as crianças.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Além disso, adolescentes poderão participar de um amplo projeto de inclusão social, com atividades lúdicas para inserir esse público na leitura, nas artes e no cinema, que acontecerá nos Estúdios Kaiser de Cinema. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Projetos já consolidados como a exibição de filmes no Cinema Cultural e os contadores de histórias da Arena Cultural, ganharão novos espaços. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dentre os 66 livreiros de todo o país o evento contará com as editoras universitárias que ocuparão a rua Visconde de Inhaúma e trarão lançamentos e livros especialmente para a Feira. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Este ano, mais de 80 autores participarão de Cafés Filosóficos e Salões de Ideias, além de 25 shows como o melhor da música brasileira. <o:p></o:p></div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Os homenageados desta edição serão Espanha, Acre, Gilberto Freyre, Ziraldo e Nádia Gotlib. A patronesse é a empresária Marylene Baracchini.<o:p></o:p></div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Os autores já confirmados são: Adriana Lisboa,Alessander Guerra,Ana Paula Maia,Augusto Cury,Carlos Heitor Cony,Carola Saavedra,Celso Antunes,Claúdia Tajes,Clovis Bulcão,Cristina Silveira,Cristovão Tezza,Daniel Galera,Daniel Pelizari,Fabrício Carpinejar,Fabrício Corsaletti,Gabriel Chalita,Guilherme Davoli,Heloisa Bacellar,Ignácio de Loyola Brandão,João Silverio Trevisan,Laurentino Gomes,Lola Aybar,Luiz Tatit, Marcia Bulcão,Márcia Tiburi,Maria Gessy de Sales,Marina Colassanti,Mário Prata,Mário Sergio Cortela,Moacyr Scliar,Mouzar Benedito,Nelson Schapochnik,Nicole Algranti,Palmério Doria, Paulo Markum,Pedro Bandeira,Rainhas do Lar com Katita e Faby,Raphael Coutinho,Ricardo Daunt,Ricardo Kotscho,Rubem Alves,Saulo Gomes,Tatiana Levy,Thalita Rebouças,Tony Bellotto,Xico Sá e Zuenir Ventura.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dentre os shows estão grandes nomes como Clube da Esquina, Pedro Luis e a Parede, Roberta Sá, Tom Zé, João Donato e Emilio Santiago, Martinho da Vila, Maria Gadu, Zélia Duncan, Nana Caymmi e Erasmo Carlos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Programação completa no site: www.feiradolivroribeirao.com.br<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-32764157055133099172010-03-16T11:17:00.000-03:002010-03-16T11:17:03.600-03:00Luiz Tatit, o mestre do canto falado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsCVzU2MjbGHuv-J2qTAnOsuyWX_tYdGCchBSu7Uzjm-LnSq-gDu6ovCS22dBcpkFuP5PkO6iioJOVo4Rf-Mg40K3qRcsmc7rE_SpC7vBkJzDQH9CvwFNGptNyLgoh62HyIUYwRw/s1600-h/luiztatit-4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsCVzU2MjbGHuv-J2qTAnOsuyWX_tYdGCchBSu7Uzjm-LnSq-gDu6ovCS22dBcpkFuP5PkO6iioJOVo4Rf-Mg40K3qRcsmc7rE_SpC7vBkJzDQH9CvwFNGptNyLgoh62HyIUYwRw/s400/luiztatit-4.JPG" width="400" /></a></div><i>Capitu <br />
A ressaca dos mares<br />
A sereia do sul<br />
Captando os olhares<br />
Nosso totem tabu<br />
A mulher em milhares<br />
Capitu</i><br />
(“Capitu” - Luiz Tatit)<br />
<br />
<br />
É assim reunindo poesia, música e literatura que Luiz Tatit encanta ouvidos e almas. O músico, reconhecido também por suas pesquisas acadêmicas acaba de lançar a obra “Semiótica à Luz de Guimarães Rosa” (Ateliê Editorial), em que revê conceitos essenciais da semiótica a partir de contos que compõem o livro “Primeiras Histórias” e está trabalhando no lançamento oficial do Cd “Sem Destino” produzido junto com a amiga inseparável, Ná Ozzetti.<br />
A música adentrou a vida de Tatit graças ao seu avô que o presenteou com um rádio de pilha quando ele tinha 10 anos e um violão aos 12. Da infância até hoje a música tem sido sua companheira, nas composições, gravações e na produção de livros e ensaios sobre a poesia e a música brasileira, muitos deles publicados em espanhol, francês e inglês.<br />
Tatit busca conciliar a vida acadêmica com a de músico, atuando como professor no Departamento de Lingüística da USP (Universidade de São Paulo), a união entre as duas atividades fazem parte de sua história. “Quando resolvi tomar a canção como objeto de estudo nas pesquisas que resultaram em dissertação de mestrado e tese de doutorado nos anos 80, pode-se dizer que minhas duas atividades [música e vida acadêmica] começaram a se conciliar, passei a lidar com música paralelamente a meus compromissos acadêmicos. A pesquisa e a prática de composição são fundamentais para a minha vida”, salienta.<br />
Se você tem filhos pequenos, já ouviu alguma das composições de Tatit na voz da dupla “Palavra Cantada”, formada pelo seu irmão Paulo Tatit e pela cantora Sandra Peres. “Fiz dezenas de letras para a dupla e, até hoje, volta e meia, eles me mandam melodias para letrar. É sempre assim, eles têm uma melodia, já arranjada, e eu componho a letra, às vezes com tema predeterminado, às vezes com tema livre”, explica.<br />
Suas composições que já ultrapassam 40 foram gravadas por muitos nomes da música brasileira como Leila Pinheiro, Zélia Duncan, Ney Matogrosso e José Miguel Wisnik. Com Wisnik, Tatit tem uma composição muito interessante, chamada “Mestres cantores”, que fala da experiência dos dois que reúnem a vida acadêmica ao universo musical.<br />
Tatit foi também um dos criadores do grupo Rumo da década de 70, que tem como um de seus objetivos resgatar as entonações da fala cotidiana nas composições, característica que é marcante na obra do músico.<br />
Para conhecer a obra musical de Tatit, escute o CD “Rodopio”, que tem muitas participações especiais como a voz de Ceumar e de Suzana Salles. A produção traz uma mistura perfeita entre a inocência das letras e a maturidade das composições.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-92187751656130443372010-03-01T23:08:00.002-03:002010-03-01T23:11:39.590-03:00Salve Geral!<meta content="text/html; charset=utf-8" http-equiv="Content-Type"></meta><meta content="Word.Document" name="ProgId"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Generator"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Originator"></meta><link href="file:///C:%5CUsers%5CLele%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><style>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU5hR-vUZE-ZThf_fCqE7NXOK0YMBDxlB9qJ5XHkJI0DzuQ_WvvBLT7lC_R97rmnz2r41qvuRq0icslNoRwHyWadgGkWCLl9cPEZirYWqmdUVX3ULoW_BwKre3KV31n1Xax2fbhQ/s1600-h/presos1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU5hR-vUZE-ZThf_fCqE7NXOK0YMBDxlB9qJ5XHkJI0DzuQ_WvvBLT7lC_R97rmnz2r41qvuRq0icslNoRwHyWadgGkWCLl9cPEZirYWqmdUVX3ULoW_BwKre3KV31n1Xax2fbhQ/s400/presos1.jpg" width="400" /></a></div><meta content="text/html; charset=utf-8" http-equiv="Content-Type"></meta><meta content="Word.Document" name="ProgId"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Generator"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Originator"></meta><link href="file:///C:%5CUsers%5CLele%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><style>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mostrar a força de um momento de violência e medo que marcou a história do Estado de São Paulo sem cair em clichês e sentimentalismos. Este era o desafio do diretor Sérgio Rezende quando começou a produzir “Salve Geral!", filme lançado em 2009, que tentou vaga no Oscar 2010.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A obra relata os dias em que todo o Estado ficou a mercê da ação do PCC (Primeiro Comando da Capital), mas para contar estes dias de 2006 que todo paulista guarda na memória Rezende optou por construir uma ficção com traços de documentário.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">São duas personagens principais, que inicialmente são muito diferentes, mas se revelam extremamente parecidas. Andréa Beltrão é Lúcia, mulher de classe média baixa que se depara com a realidade das cadeias quando seu filho se envolve em um acidente e comete um assassinato. Denise Weimberg é Ruiva, uma advogada que trabalha para o PCC.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Apesar do roteiro linear, “Salve Geral” são vários filmes em um só e as impressões sobre ele podem ser as mais diferentes possíveis. Tratar um assunto tão delicado e conquistar o grande público não é tarefa fácil e a produção não conseguiu chegar neste ideal.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O filme é cansativo e tem alguns problemas no roteiro que ficam claros na atuação das atrizes principais, em especial, de Andréa Beltrão, que se mostra um pouco artificial em certos momentos do filme e também no excesso de personagens interessantes que passam pela história muito rápido (são 62 personagens com fala!), como um dos presos que para sair da cadeia aceita colaborar com um policial corrupto.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As duas personagens principais que levam o público pela história não são apaixonantes, o que pode ter sido uma opção do diretor de construir um filme de maneira diferente, no entanto, em meio a personagens que não se vinculam realmente a quem está assistindo, o filme possui muitos diálogos e cenas desnecessários.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSV-cNNbUC1THS_vC7YROHIHPIWPwNWAMDv9QWzBBjJBTjatGvAdA50QRRkaYQvhk2xPbCfkRNRIgwFw86tL-ibrIq9_uq9F1DRAoqNHSED-Nxx0yr3MQbWs21j-b9-ftucRymWw/s1600-h/DSC08875.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="106" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSV-cNNbUC1THS_vC7YROHIHPIWPwNWAMDv9QWzBBjJBTjatGvAdA50QRRkaYQvhk2xPbCfkRNRIgwFw86tL-ibrIq9_uq9F1DRAoqNHSED-Nxx0yr3MQbWs21j-b9-ftucRymWw/s200/DSC08875.jpg" width="200" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A personagem de Ruiva é a melhor de todo o filme, ela representa muito<br />
bem as relações corruptas que envolvem a sociedade brasileira e ao envolver Lúcia na rede do PCC, mostra como todas as pessoas podem ser corruptíveis. A falta de maniqueísmo no roteiro é um dos grandes atributos desta obra, os personagens caminham de acordo com seus interesses e com sua história.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Algumas cenas são muito representativas, como quando os comandantes do Comando Vermelho chamam todos para a rebelião, as palavras de ordem são “Paz, Justiça e Liberdade”. Os inúmeros problemas do sistema carcerário brasileiro ficam em evidência e a maneira como a população lida com a questão mexe com a consciência de quem faz parte desta sociedade hipócrita em que os direitos humanos são tratados como regalia de poucos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O filme, apesar dos problemas, deve ser valorizado pela coragem de reconstruir um momento que tem que ser lembrado e discutido, afinal, os criminosos levaram a tona toda a fragilidade da sociedade brasileira e os problemas continuam muito distantes de uma solução.</div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-65136367455873064032010-02-22T19:26:00.003-03:002010-02-22T19:31:16.687-03:00Democratizar a comunicação?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKEpKcIjWmvE97akWQzQxGLio0jjXfZ65k2RMR9A0KwgEbfaztEqAmG2z3_x7OsBTzAwg0xxw68c4MfRLwIVJA1Ne5dpfwds52Lx2QP5KzglgKhGXvA3qPpibTFDeCvS7JAOItAw/s1600-h/Untitled-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKEpKcIjWmvE97akWQzQxGLio0jjXfZ65k2RMR9A0KwgEbfaztEqAmG2z3_x7OsBTzAwg0xxw68c4MfRLwIVJA1Ne5dpfwds52Lx2QP5KzglgKhGXvA3qPpibTFDeCvS7JAOItAw/s320/Untitled-1.jpg" /></a></div>Em meio a um cenário aparentemente apático, em que as discussões sobre comunicação se limitam na maioria das vezes ao que a grande mídia coloca, nascem debates de visibilidade nacional sobre qual é o verdadeiro retrato dos meios de comunicação no Brasil.<br />
O debate não é recente, vem ganhando força no decorrer dos anos com a união de pessoas de diversas correntes ideológicas, mas que tem em comum o desejo de ter voz em um país em que poucos falam e muitos só escutam. <br />
Talvez a semente para a ampliação do debate sobre o tema no país seja o Fórum Social Mundial, iniciativa que acaba de completar 10 anos e que nasceu em uma época de grande fortalecimento das políticas neoliberais na América Latina. Movimentos sociais, ONGS, redes, organizações civis e membros da sociedade preocupados com os rumos da política nacional se uniram para buscar e realizar mudanças. <br />
A Comunicação é uma das pautas principais do Fórum, afinal, qual o papel da mídia na construção deste outro mundo possível? <br />
A palavra de ordem é a democratização e o que parecia aos olhos de muitos algo tão utópico e distante de ser realizado, começa a tomar forma quando as discussões passam da esfera do não governamental para uma esfera que reúna governo e sociedade. <br />
Existem sim inúmeras dificuldades para se alcançar mudanças quando interesses de partidos são mais importantes que as questões a serem resolvidas, porém, estamos em uma sociedade que depende dos poderes instituídos e já que as grandes revoluções políticas não acontecem é a união entre todas as forças que pode fazer a diferença.<br />
A I Conferência de Comunicação que aconteceu em dezembro de 2009 marca o início de um diálogo efetivo sobre a democratização da Comunicação no Brasil. Além do encontro nacional foram mais de 60 conferências municipais, intermunicipais e livres que debateram três eixos principais: produção de conteúdo, meios de distribuição e direitos e deveres na Comunicação.<br />
Como construir espaços democráticos não é tarefa fácil, inúmeras dificuldades foram encontradas pelos organizadores, que não conseguiram convencer o setor empresarial a participar do debate, seis das oito entidades empresariais deixaram a comissão organizadora na fase de preparação da Conferência. <br />
Mesmo com as dificuldades em se construir esse diálogo que parece impossível diante dos interesses pessoais, encaminhamentos importantes foram aprovados na Conferência como a <br />
criação do Conselho Nacional de Comunicação, imposição de limites à concentração de concessões de meios de comunicação, limites ao oligopólio da distribuição de mídia impressa, reformulação da estrutura interna do ministério das Comunicações e realização de Conferências nacionais a cada dois anos. <br />
Claro que a aprovação na Conferência não significa que tudo será praticado, no entanto, as mudanças só são possíveis quando partem de diálogos abrangentes e ganham força nas mãos das pessoas. <br />
A visível inércia da grande imprensa que praticamente não esteve presente na Conferência e que coloca o combate ao monopólio das Comunicações como uma maneira de restrição a tal liberdade de imprensa é a prova real que temos um grande problema na Comunicação deste país, que somente pode ser superado quando cada membro da sociedade perceber que liberdade de expressão não existe efetivamente em um país condizente com a ilegalidade nas concessões de rádio e televisão e a concentração no controle de diversos meios de comunicação por grandes grupos empresarias.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-6852936160878375842010-02-04T12:50:00.001-02:002010-02-12T01:40:21.266-02:00Dias em Machu Picchu<meta content="text/html; charset=utf-8" http-equiv="Content-Type"></meta><meta content="Word.Document" name="ProgId"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Generator"></meta><meta content="Microsoft Word 10" name="Originator"></meta><link href="file:///C:%5CUsers%5CLele%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><style>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMP6tvut6MvOvLU5YhFeb1-fFkUhnC_-7IGjeS142oC2IWWX2tCVcfOoeY9XGjkxW-v3HXLU9_W-UlpJ1TKmGgjv96W1ZmHbXNr2pF5xjdBDnb3WVvPTGBz470oHCdGSSY-WU6Kw/s1600-h/zn5_0827.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="85" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMP6tvut6MvOvLU5YhFeb1-fFkUhnC_-7IGjeS142oC2IWWX2tCVcfOoeY9XGjkxW-v3HXLU9_W-UlpJ1TKmGgjv96W1ZmHbXNr2pF5xjdBDnb3WVvPTGBz470oHCdGSSY-WU6Kw/s400/zn5_0827.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A viagem perfeita,era isso o que pensava todos os dias desde que cheguei ao Peru com mais duas amigas no dia 13 de janeiro, tudo estava correndo bem, conhecemos lugares incríveis, a temperatura estava perfeita, as pessoas nos ajudando nos pequenos problemas, estávamos melhorando no espanhol e incrivelmente apaixonadas pelo país dos Incas.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No dia 23 de janeiro partimos para o passeio mais esperado da viagem: conhecer Machu Picchu e foi neste dia que tivemos o primeiro problema: não havia trem para chegar a Machu Picchu, teríamos que esperar até a manhã do outro dia. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Acordamos domingo ansiosas e fomos para a fila do trem e a partir daí começou a verdadeira aventura da viagem. Ao lado do trilho corre o rio Urubamba, que estava assustador, a maioria dos passageiros não conseguia desgrudar os olhos das janelas. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Finalmente chegamos a Águas Calientes, a cidade mais próxima de Machu Picchu e fomos conhecer o sítio arqueológico. Não existe palavra que possa descrever Machu Picchu, nada seria suficiente, pensar naquele lugar povoado de pessoas que viviam para e com a natureza, seres que inexplicavelmente construíam suas casas com enormes pedras e que tinham um sistema de irrigação impressionante, foi um dos momentos mais emocionantes da viagem.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando saímos de Machu Picchu, veio a primeira notícia de que estávamos presos na pequena cidade, minha primeira sensação foi de incredulidade. Procuramos um hotel e pensávamos que quando acordássemos poderíamos voltar para Cusco, no entanto, chegou a notícia oficial da empresa de trem responsável pelo único caminho para chegar a Machu Picchu: o conserto dos trilhos demoraria dois meses. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pensamos em ir embora a pé até a próxima cidade, mas corriam histórias de que todos os caminhos estavam muito perigosos e decidimos ficar. Nos informaram que devíamos ficar dentro dos vagões de trem, separados por nacionalidade e aguardar os helicópteros que viriam nos resgatar.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Passaram-se cerca de três horas e não tínhamos nenhuma informação, até que começaram a gritar que a estação de trem estava com risco de inundação e que teríamos que ir para um lugar mais alto,saímos todos, um tanto assustados rumo a quadra de esportes. O sol estava forte e éramos mais de dois mil turistas esperando qualquer informação, não ouvíamos nenhum barulho de helicóptero e não sabíamos o que iría acontecer. Às 18h veio o aviso: procurem lugar para se hospedarem, os idosos, doentes, mulheres com crianças e grávidas deveriam voltar para os vagões para serem os primeiros resgatados na manhã de terça.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Achamos um hotel, jantamos e dormimos na esperança de acordar com o ruído dos helicópteros, porém, eles chegaram somente na parte da tarde e soubemos que quem estava partindo eram os que pagavam propina para os militares ou contratavam helicópteros particulares.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Percebemos que era necessário fazermos alguma coisa, reunimos todos os brasileiros na praça central, fizemos listas para saber em quantos éramos, quais eram as principais necessidades e começamos a ligar e mandar e-mails para as embaixadas, consulados, imprensa, enfim, qualquer tipo de ajuda poderia fazer a diferença naquele momento. Até aquele momento não tínhamos recebido nenhuma informação oficial, não sabíamos quantos dias demoraríamos para sair da cidade.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As roupas já tinham acabado, o dinheiro de muitos também e o desespero tomou conta de alguns. Entre o desespero nasceu a solidariedade, muitos buscando ajudar a reconstruir parte de uma calçada destruída, outros lutando por justiça fazendo barricadas contra os que queriam pagar para sair, outros ainda buscando informar os seus países de origem da situação que vivíamos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na quarta-feira recebemos comida do governo peruano: café da manhã, almoço e jantar, recebemos também a notícia que o cônsul brasileiro em Lima estava chegando e que os mais velhos, mulheres e crianças tinham ido embora.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Apesar das boas notícias, não sabíamos quando sairíamos porque as chuvas continuavam em Cusco e os helicópteros não conseguiam chegar a Machu Picchu. Cada um buscava entreter-se de uma forma, alguns tocavam violão, outros conversavam, organizavam partidas de futebol e vôlei e até uma pequena gincana.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Foi a união e a força das outras pessoas que me fez passar por este momento com alegria, não sentia medo, sentia que estar ali com aquelas pessoas era uma grande lição de vida e sentíamos isso juntos, que a sensação de impotência se transformava em força e esperança.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O governo brasileiro enviou dinheiro para que todos os brasileiros que estavam em alojamentos fossem para os hotéis. Quinta-feira acordamos com o som dos helicópteros, e nunca aquele som me pareceu tão bonito, mais de 1.300 pessoas foram embora.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Restaram as pessoas na faixa de 20 anos e apesar da ansiedade, da claustrofobia e do medo, foi dia de festa, todos se reuniram, conversaram e dançaram, era o nosso último dia em Águas Calientes.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sexta-feira, às 18h cheguei em Cusco e depois da aventura de andar de helicóptero que alegria em ver aquela bandeirinha colorida flamejando e rever os amigos cusquenhos. O sentimento era uma mistura de tristeza por ter perdido cinco dias de férias e de alegria por estar ali.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para finalizar a aventura, como já tínhamos perdido o vôo para o Brasil, pegamos uma carona com o avião da FAB (Força Aérea Brasileira), o Hércules. E agora sim tenho história para contar para o resto da vida, histórias de amizade, companherismo e superação, experiência que me ensinou a ser mais humana e mais apaixonada pela vida.<o:p></o:p></div>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-81113364553463128252009-12-15T11:55:00.004-02:002009-12-22T10:48:27.238-02:00II Bienal de Psicanálise e CulturaAs paixões e a cultura, temas que envolvem profissionais de todas as áreas e que são atemporais. Caminhando dentro deste universo através da psicanálise a II Bienal de Cultura e Psicanálise de Ribeirão Preto traz entre os dias 13 e 16 de maio uma programação rica em reflexões sobre a contemporaneidade sob o título “Paixão e...Paixões!- viagens às nascentes dos sentidos”. <br />
O evento promete continuar o sucesso da primeira edição que aconteceu em 2008 e trouxe para o Centro de Convenções de Ribeirão Preto mais de 500 pessoas. <br />
Dentre os convidados que participarão de mesas de debates e promoverão cursos estão psicanalistas, historiadores, artistas plásticos, músicos, bailarinos, compositores, empresários, educadores e escritores. A diversidade de áreas revela a profundidade das discussões que abrangerão a paixão e a não-paixão em seus diversos aspectos: amizade, conhecimento, anti-conhecimento, ciúme, inveja, vingança, trabalho, artes, futebol e amor.<br />
A abertura será realizada no Theatro Pedro II, na noite do dia 13, com a presença da mezzo soprano paulistana Regina Elena Mesquita e o pianista Marco Antônio Bernardo, que apresentarão trechos de “Carmem”, “Sansão e Dalila”, “Piaf”, entre outras peças.<br />
A rica programação de debates começa no dia 14 a partir das 8h com a presença de vários especialistas, dentre eles Luis Tenório Oliveira Lima (psicanalista), Décio Cassiani Altimari (biólogo), Marlene Soares dos Santos (educadora) e a psicanalista Argentina Sônia Abadi.<br />
No dia 15 alguns dos convidados são Luiza Trajano Donato (empresária), Bernardo Tanis (psicanalista), Beatriz Segall (atriz) e José Miguel Wisnik (músico). A conferência de encerramento na manhã do dia 16 será proferida pela poeta e ensaísta de Buenos Aires, Ivonne Bordelois.<br />
O encontro trará ainda três exposições permanentes e apresentações culturais de vídeo, teatro, dança e música durante todos os dias. <br />
A II Bienal é uma realização da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto (SBPRP), com apoio da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.<br />
Maiores informações: www.sbprp.org.br/bienal e <a href="http://www.twitter.com/bienalpsi">www.twitter.com/bienalpsi</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-22527738417232742972009-11-03T11:44:00.001-02:002009-11-03T11:45:51.835-02:00Experimente "3 na Massa"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimGwOS9t_QVo8-RvFnSz2i06GMpvDw6ccJFrorJ-TtuEZuz-nlRclkQUXsx7BQyMW_SxIrsboY409RbRQpOi8v2N1ENSqz-BsooJnQMb9TTzhZyVJXDTUQz3YupOBdu-nHVu28uQ/s1600-h/3-Na-Massa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimGwOS9t_QVo8-RvFnSz2i06GMpvDw6ccJFrorJ-TtuEZuz-nlRclkQUXsx7BQyMW_SxIrsboY409RbRQpOi8v2N1ENSqz-BsooJnQMb9TTzhZyVJXDTUQz3YupOBdu-nHVu28uQ/s200/3-Na-Massa.jpg" vr="true" /></a><br />
</div>Em meio a tantas mulheres cantando sons parecidos, vale a surpresa do projeto “3 na massa”, criado pelos membros do Nação Zumbi, Dengue e Pupillo e por Rica Amabis do selo Instituto. <br />
Mulheres com vozes e estilos completamente diferentes, experimentam e se revelam no CD “Na Confraria das Sedutoras”, uma obra de arte para ouvidos cansados de mesmices. Tem Leandra Leal, Thalma de Freitas, Céu, Nina Becker e destaque para Pitty que supera expectativas.<br />
As letras escritas na maioria das vezes por homens (dentre eles Rodrigo Amarante), trazem histórias de ilusões e desilusões amorosas. Apesar de letras interessantes, o projeto vale mais pelas experimentações sonoras, que trazem música eletrônica, batidas latinas e muitos “barulhinhos”.<br />
Para degustar: <a href="http://www.myspace.com/3namassa">http://www.myspace.com/3namassa</a><br />
Selo Instituto: <a href="http://www2.uol.com.br/instituto">http://www2.uol.com.br/instituto</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-74542768966456311702009-11-03T10:42:00.002-02:002009-11-03T10:43:32.495-02:00Budapeste – o filme e o livro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijp6hAWS8sfwB00Rlti06bihE1j4h25Fr8kmsxKj34BBMgyOSNKVOZpafD-nU9tsYCUaj7oTJvsP3pUUK5E94Y55pGdPAHP2UNmZCcEOQCPfQLR891XbFP66V0P5NObfxMAF3dlw/s1600-h/budapeste07.jpg" imageanchor="1" style="cssfloat: left; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijp6hAWS8sfwB00Rlti06bihE1j4h25Fr8kmsxKj34BBMgyOSNKVOZpafD-nU9tsYCUaj7oTJvsP3pUUK5E94Y55pGdPAHP2UNmZCcEOQCPfQLR891XbFP66V0P5NObfxMAF3dlw/s400/budapeste07.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><br />
A brincadeira com as palavras e seus significados é o que torna o livro “Budapeste”, de Chico Buarque, interessante. Já no filme valem mais as imagens da capital húngara do que a história em si.<br />
A direção do filme é de Walter Carvalho e tem no elenco o ótimo Leonardo Medeiros, Giovana Antonelli e a atriz húngara Gabriella Hamori. A história relata a vida monótona de um escritor anônimo chamado José Costa, que para fugir de sua realidade no Rio de Janeiro encontra em Budapeste e no húngaro uma saída para seus problemas existenciais.<br />
Costa escreve best sellers e não os assina, é casado com uma jornalista egocêntrica e tem um filho que é menosprezado pelo casal. Leonardo Medeiros está incrível no papel de intelectual depressivo e as poucas risadas vêem de seus diálogos excêntricos.<br />
Em Budapeste, Costa conhece Kriska, a mulher que o ensina húngaro e pela qual ele se apaixona. Mesmo falando línguas tão diferentes, eles se comunicam e o filme traz boas cenas deste relacionamento, que é quase uma paixão infantil. <br />
O filme tem o mesmo andamento do livro, é lento, a história não caminha e quando acaba você fica com a nítida impressão de que não entendeu alguma coisa. Quando soube que haviam lançado o filme, fiquei curiosa porque não compreendia como conseguiriam transformar em roteiro uma história tão subjetiva e tão ligada às palavras, mas Walter Carvalho conseguiu e em termos de adaptação de livro para obra audiovisual o trabalho dele foi genial.<br />
Alias esta é a primeira direção que Carvalho assina sozinho, apesar de ter trabalhado como diretor de fotografia em vários sucessos nacionais como “O Céu de Suely”, “Cazuza” e “Carandiru”.<br />
Nos extras do DVD tem o making off , que é tão vazio como o filme, os atores parecem não conseguir expressar o que significam seus personagens.<br />
A obra passa por diversos questionamentos, como a indústria literária, a espetacularização, o vazio existencial, a solidão; porém, são tantas temáticas que o leitor/ espectador perde o interesse. Chico Buarque é indiscutivelmente o mestre das palavras e o livro traz trechos deslumbrantes, mas particularmente ainda o prefiro como compositor.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-74659937892792626162009-10-30T10:26:00.004-02:002009-10-30T10:28:29.116-02:00“Abrazos Rotos” – Almodóvar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIoX9DKLXseVecBk5bvlH_LY1iG4LSKgo4fL232eqefHRsxMKuztZUNwSplk5cWHKZcEayvZIwbhoZTXWiO9TJvSdxRHdphxgg0VEGOFe0z0QHsZPygJXOosCUSNxdlfTeU9p6lg/s1600-h/almodovar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIoX9DKLXseVecBk5bvlH_LY1iG4LSKgo4fL232eqefHRsxMKuztZUNwSplk5cWHKZcEayvZIwbhoZTXWiO9TJvSdxRHdphxgg0VEGOFe0z0QHsZPygJXOosCUSNxdlfTeU9p6lg/s400/almodovar.jpg" vr="true" /></a><br />
</div>Falta Almodóvar no novo filme de Almodóvar. A frase pode parecer sem sentido, mas o nome do diretor já é um adjetivo que descreve filmes surpreendentes, personagens excêntricos, historias dramáticas em cenários extremamente coloridos.<br />
“Abrazos Rotos” ( Abraços Partidos) foi lançado na Europa em outubro e ainda não chegou ao Brasil. O diretor traz nos papéis principais suas atrizes favoritas: Penélope Cruz e Blanca Portilla e o elenco conta também com Lluis Homar e Rossy de Palma.<br />
O filme segundo o que declarou Almodóvar no lançamento é uma declaração de seu amor pelo cinema. O roteiro é rico em metalinguagem, já que relata a história de um diretor e roterista de cinema no processo de produção de um filme.<br />
A história não é linear, isto é bem Almodóvar, e avança e volta no tempo várias vezes, mas sem que o espectador se sinta perdido. O filme começa com um diretor de cinema cego, chamado Harry Caine tendo um caso com uma mulher bem mais jovem, que lê o jornal para Caine e entre as notícias diz que o empresário Ernesto Martel morreu, Caine fica claramente assustado com a informação.<br />
O nome de Martel e o passado de Caine e de sua assistente Judit é o fio da história, que se desenrola com personagens gananciosos e com relações problemáticas. O tema familiar e a falta da presença paterna que são presenças constantes nos filmes de Almodóvar também estão neste filme, porém, de maneira menos intensa que em suas obras anteriores.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLRsdafMnQ52FfsFxvxrRt3QusVELAMvwj02LAneXbfUzVDhxUjCkM0k7RyMqxZLWNpDb-s-rPwvSNZLW2I4IBOeDn6cdK8VmGGKQxF_w9_4N7Hy8IWjs8dtvY9i96Apd0judukA/s1600-h/almodovar+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLRsdafMnQ52FfsFxvxrRt3QusVELAMvwj02LAneXbfUzVDhxUjCkM0k7RyMqxZLWNpDb-s-rPwvSNZLW2I4IBOeDn6cdK8VmGGKQxF_w9_4N7Hy8IWjs8dtvY9i96Apd0judukA/s200/almodovar+2.jpg" vr="true" /></a><br />
</div>A melhor parte da obra é a releitura que o próprio diretor faz de “Mulheres à beira de um ataque de nervos”, para quem gostou deste filme uma grande oportunidade de rever cenas com outras atrizes interpretando.<br />
O grande problema está na expectativa que um filme de Almodóvar causa, o filme é bom, mas o desfecho da trama foca-se apenas na personagem Judit, que relaciona todos os fatos sentada em uma mesa de bar e o pior é que algumas das revelações são previsíveis.<br />
Falta o imprevisível, falta cor e falta drama, mas ainda assim é um filme que vale a pena ser visto.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-3686827064225723572009-10-27T23:39:00.002-02:002009-10-27T23:42:12.509-02:00O “Iê Iê Iê” de Arnaldo Antunes<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYpS2r8cJtICpUFjatsvawh0hH4bG-S7MBWN548Q5wmPeQ1-5uBj-ARK9UWcNFXhQUboAiUEzUMmLX8HVuQWpsqGxJvnEXIMYPWugqKeqMNTdwJ58AjN25I_JPI_3m0EaQA1X9ZA/s1600-h/arnaldoantunes-ieieie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYpS2r8cJtICpUFjatsvawh0hH4bG-S7MBWN548Q5wmPeQ1-5uBj-ARK9UWcNFXhQUboAiUEzUMmLX8HVuQWpsqGxJvnEXIMYPWugqKeqMNTdwJ58AjN25I_JPI_3m0EaQA1X9ZA/s400/arnaldoantunes-ieieie.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><br />
Sabe quando você come algo, tá gostoso, mas hum....tá faltando alguma coisa. Assim foi a sensação que tive ao sair do novo show de Arnaldo Antunes: “Iê Iê Iê”. <br />
O CD que saiu do forno em setembro, teve a produção de Fernando Catatau, que também <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é criador de uma banda que vale muito a pena escutar: “Cidadão Instigado”, e contou com o apoio da Natura, o que rende shows a preços populares pelo Brasil a fora.<br />
</div>Se pudesse falar somente da produção a nota seria dez, o cenário é lindo e simples composto de inúmeras camisetas coloridas, a iluminação envolve o público e acompanha incrivelmente bem o estilo do show, os figurinos são divertidos e Arnaldo está dançando freneticamente.<br />
O problema são as músicas, Antunes buscou resgatar o inicio de sua carreira, com sonoridades mais simples e letras menos elaboradas. O show começa bem, mas vai ficando cansativo já que o ritmo não muda muito, uma espécie de tecnobrega e jovem guarda, um tanto repetitivo.<br />
Além das músicas novas, o compositor faz releituras de velhos sucessos seus como “Consumado”, “Essa Mulher” e “Socorro”. E interpreta de maneira inovadora músicas conhecidas do grande público como “Quando você decidir”de Odair José , “Ela é Americana” de Dorgival Dantas e “Vou Festejar” , de Jorge Aragão.<br />
Como letrista, Antunes sempre é incrível, destaque para a romântica e irônica “Sua Menina” (“Você trata muito mal sua princesa/um dia ela vai virar a mesa/seu olhar só vê o seu umbigo/ um dia ela vai ficar comigo”) e para a divertida “Invejoso” (“Invejoso querer o que é dos outros é o seu gozo/ e fica remoendo até o osso mas sua fruta só lhe dá caroço”).<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">O show vale para dançar engraçadinho e dar uma risadas, mas já fico no aguardo da próxima experiência musical de Arnaldo.<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">( Este texto está também no site <a href="http://www.cozinhasonora.com.br/">http://www.cozinhasonora.com.br/</a> , um novo espaço para debater música na rede. Visite!)<br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-23604867714795891232009-10-24T19:01:00.001-02:002009-10-24T19:01:43.572-02:00Excentricidade e sensibilidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy9WdSWaovXdd44b_9I7HpNcCQhrQszQlLThVHlydP5Gm1Z9sycISaWMvkzk6p_hbNO452xqV1HZM_TI-dznJT_T2se4f-A7SCFmj2KdZDOh42rN3vneBIsEcAzOaDFZPwMJIorw/s1600-h/a-partida-001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy9WdSWaovXdd44b_9I7HpNcCQhrQszQlLThVHlydP5Gm1Z9sycISaWMvkzk6p_hbNO452xqV1HZM_TI-dznJT_T2se4f-A7SCFmj2KdZDOh42rN3vneBIsEcAzOaDFZPwMJIorw/s200/a-partida-001.jpg" vr="true" /></a><br />
</div>As maneiras de lidar com a morte, este é o tema principal do filme japonês “A Partida” (Okuibito), que recebeu o Oscar deste ano como melhor filme estrangeiro e de diversos prêmios no Japão, China, Canadá e Estados Unidos.<br />
O roteiro narra a história de um violoncelista (Daigo) que ao perder seu emprego em uma Orquestra que não recebe apoio, acaba encontrando trabalho em uma empresa funerária, porém, os funerais japoneses são ritualísticos e o cadáver além de ser maquiado, é lavado e vestido de uma maneira toda especial antes de ser cremado.<br />
A atividade do funcionário que prepara o “nokanshi” é desprezada pela sociedade japonesa, e o músico esconde o novo trabalho de sua mulher Mika, quando ela descobre não aceita o emprego de seu marido e sai de casa. Daigo apesar da solidão, redescobre a paixão pela vida e percebe o quanto é preciso valorizar as pessoas e cada momento da existência.<br />
A filmagem é de uma delicadeza impressionante, os objetos, os olhares e pequenos gestos ajudam a contar esta história que leva a muitas reflexões. É uma ótima oportunidade de conhecer um pouco da cultura japonesa, rica em simbolismos.<br />
Ao assistir, as lágrimas se misturam a sorrisos, já que existem momentos em que os exageros nas atuações se tornam engraçados e dá para perceber porque os desenhos de mangá fazem tantas caretas.<br />
Daigo encontra pessoas, famílias, religiões, histórias e encontra a tranquilidade quando reencontra seu pai, que não via desde os seis anos.<br />
A relação entre o antigo e o moderno fica clara quando a orquestra é desvalorizada e quando a casa de banhos, que Daigo frequenta desde pequeno está ameaçada de fechar. É o novo Japão, das cidades grandes, das tecnologias convivendo com o Japão milenar, rico em costumes tradicionais.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-64276940449042025602009-10-20T14:40:00.001-02:002009-10-20T14:40:51.135-02:00A nova produção de Tarantino-“Bastardos e Inglórios”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipxyOEDA7xtG-x1OjB_fun6kOGizpSjcU2pkUY_7hKS82vFolLF-BKf_NE90SlciQYdPx-7oeY6AgZ_ETtiRz65olIBRsECcoeJJePW5781Ka0I1rfux5dCXaQs-YPTViZMcJQzA/s1600-h/bastardos+e+ingl%C3%B3rios.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipxyOEDA7xtG-x1OjB_fun6kOGizpSjcU2pkUY_7hKS82vFolLF-BKf_NE90SlciQYdPx-7oeY6AgZ_ETtiRz65olIBRsECcoeJJePW5781Ka0I1rfux5dCXaQs-YPTViZMcJQzA/s400/bastardos+e+ingl%C3%B3rios.jpg" vr="true" /></a><br />
</div>Assistir Tarantino sempre é uma experiência surpreendente, mesmo que alguns não gostem de seu estilo extremamente irônico e sanguinário, é inevitável aceitar que o diretor é genial em reunir diferentes linguagens. <br />
“Bastardos e Inglórios”, lançado no Brasil neste mês, se passa na França durante a ocupação dos nazistas. A história começa com a caça aos judeus pelo coronel Hans Landa e o assassinato da família Dreyfus, cuja única sobrevivente é Shosana, uma menina que consegue fugir e assume uma identidade falsa para sobreviver aos nazistas e torna-se dona de um cinema.<br />
O filme até aí parece apenas mais uma obra sobre o nazismo, até que entra em cena o bando conhecido como “Bastardos”, que tem como objetivo matar todos os nazistas e não somente com tiros, mas também com tacos de beisebol, bastões,facas e bombas relógio. O bando é comandado pelo personagem de Brad Pitt que traz uma interpretação bem parecida com o cigano Mickey de “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”.<br />
Shosana reencontra o coronel que matou sua família por acaso, quando seu cinema é escolhido para o lançamento de um filme de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista. Todos os membros do alto escalão do movimento nazista estavam presente no lançamento e tanto Shosana quanto o bando tinham um plano para acabar com a festa.<br />
Durante as duas horas e meia de projeção é impossível ficar mais que cinco minutos sem dar risada, os diálogos são ricos em ironias, especialmente no personagem do coronel Hans e o diretor usa e abusa da violência, que ganha contornos de humor negro, mas como só Tarantino sabe fazer.<br />
Para quem gosta do diretor fica como dica o curta “Tarantino’s Mind”, em que Selton Mello e Seu Jorge criam uma teoria que vincula uns aos outros os principais personagens de Tarantino. O curta está disponível http://video.google.com/videoplay?docid=1511515986562993804#Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-66391391103283817632009-10-15T15:30:00.002-03:002009-10-28T13:59:35.408-02:00Música da Boa- Kiko Dinucci e Bando AfroMacarrônico<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikXmG9BT1H62WmrN331EpufnxDE1iLibCrCYBi6n_L0ot6vm6xhoSv2Cix86dBWHdojrrdEZSlFrAKtVl9YHeNDlX7xQixy97YoTJ9lcm7rNZEZ3-4otk5jRVzTHWTq7XJGGOjkA/s1600-h/afromacarronico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img $r="true" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikXmG9BT1H62WmrN331EpufnxDE1iLibCrCYBi6n_L0ot6vm6xhoSv2Cix86dBWHdojrrdEZSlFrAKtVl9YHeNDlX7xQixy97YoTJ9lcm7rNZEZ3-4otk5jRVzTHWTq7XJGGOjkA/s400/afromacarronico.jpg" /></a><br />
</div><br />
Se você está a procura de um novo som e nunca ouviu falar em Kiko Dinucci e o Bando AfroMacarrônico, ai vai a dica. O último álbum “Pastiche Nagô”, lançado simultaneamente no Brasil e Estados Unidos, ficou na lista dos 25 melhores discos de 2009 da Revista “RollingStone” e reúne uma mistura incrível de ritmos africanos e música latino-americana.<br />
O paulista Kiko Dinucci é multiinstrumentista, compositor, produtor de vídeo, roteirista e artista plástico, dentre seus trabalhos está o longa “Carandiru” de Hector Babenco. A cultura popular e afro-brasileira que acompanha sua obra musical também está presente nas artes gráficas. <br />
O Bando começou em 2001 e sempre buscou expressar a miscigenação da cultura brasileira, tendo como base o samba, já que umas principais influências de Dinucci é Adoniran Barbosa. “Adoniran é universal, ao mesmo tempo em que ele fala muito do pedaço de chão nosso, ele ta falando do mundo, do ser humano”, definiu o músico em entrevista ao programa “Metrópolis” em janeiro deste ano.<br />
Os músicos já tocaram na Alemanha, Polônia e Itália acompanhando a banda de jazz “São Paulo Underground”. O Bando que tinha como essência o samba, ultrapassou barreiras e hoje envolve todo tipo de sonoridade, porém, o trabalho é incrível e reúne artistas que não tem limites para a experimentação e que usa todo contato com o público como oportunidade de criação. <br />
Para conferir: www.myspace.com/afromacarronicoUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-57730040208499351962009-10-11T14:43:00.001-03:002009-10-11T14:43:24.792-03:00Era para rir? – “Os Normais 2”<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNZhnt3Fld9JjpjZUM8thX-jxHNmZgCfChBlbuTiTeAEMWlqgP6T7W6p0fjrtGIq2zJczNjxZxrgoWdXIMlemPZUuQ3H1BA1DcRekJvb54qzCil0vKi-6HXWNHWdEYwYgA-phEhA/s1600-h/os+normais" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img $r="true" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNZhnt3Fld9JjpjZUM8thX-jxHNmZgCfChBlbuTiTeAEMWlqgP6T7W6p0fjrtGIq2zJczNjxZxrgoWdXIMlemPZUuQ3H1BA1DcRekJvb54qzCil0vKi-6HXWNHWdEYwYgA-phEhA/s200/os+normais" /></a>Um dos filmes mais assistidos do cinema nacional: “Os Normais 2”, já superou 370 mil espectadores desde agosto deste ano. Parece que a Globo Filmes descobriu como alcançar um grande público frequentador dos cinemas brasileiros que é apaixonado por comédias com um jeitinho de televisão.<br />
</div>“Os Normais 2” assim como a continuação de “Se eu fosse você”, tem arrancado gargalhadas dos brasileiros. Tanto um quanto outro vem carregado de piadas prontas, clichês e falta de criatividade.<br />
O filme estrelado pelo conhecido casal Rui e Vani (Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres) não alcança a mesma qualidade do seriado que passou mais de dois anos na televisão aberta, sem contar as reprises nos canais pagos.<br />
Para quem é fã da série o filme até encanta, por podermos rever o casal, mas não passa disso. O filme começa com os dois personagens dizendo que para fazer uma comédia não precisam falar palavrão, então eles leem uma lista enorme de palavrões e afirmam que os espectadores não vão ouvir nada disso neste filme.<br />
Claro que os que já conhecem os personagens sabem que aquilo é mentira, afinal, o programa sempre foi regado a palavrões. No entanto, a brincadeira acaba funcionando como uma crítica ao próprio filme, que ultrapassa o bom senso no uso das palavras.<br />
A trama toda acontece em um só noite, em que os dois após 13 anos de noivado percebem que o relacionamento caiu na rotina, para renovar Vani resolve aceitar os insistentes convites de Rui para fazer um “ménage-a-trois”. O casal então busca por uma mulher que tope o programa, a primeira delas é a prima Silvinha (Drica Moraes), que aceita o convite,o relacionamento que aparentemente vai dar certo acaba no hospital. Já neste momento, em que estamos ainda nos primeiros vinte minutos de filme fica clara a proposta do diretor José Alvarenga Júnior (“Divã”): um humor que mistura “pastelão” com humor negro, com personagens se machucando e velhinhas caindo pela janela.<br />
Como não deu certo com Silvinha, Rui e Vani continuam a busca que passa por Danielle Winits, Cláudia Raia, Daniele Suzuki e Aline Moraes. A noite parece não ter fim, já que os dois passam por todo tipo de situação, de ficarem trancados no banheiro a serem roubados.<br />
Os roteiristas Alexandre Machado e Fernanda Young buscando desesperadamente fazer rir exageram nas situações, acontece tanta coisa e tanta situação sem graça que você sempre fica com a esperança que nos próximos minutos algo mais engraçado aconteça, mas não acontece, já que todo o humor é construído em cima de sexo e palavrão. <br />
Vale mais continuar assistindo as reprises da série que perder tempo com esse filme.Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-38552398.post-79518274291302817112009-10-08T10:55:00.001-03:002009-10-08T15:27:37.153-03:00Comédia Romântica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdgijFOBOL9SsV1NKRcibPQcuzEiHhpD40T55aQNYHtu8cSrOZTycwv6AO62uNYu67Xf9MfmIAxjS4p-bd-ImZCxim4gnm6NeO30_eO8GU2OLjoWIWlSvivIJOUGX-jDnr2KkXLQ/s1600-h/romance3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img $r="true" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdgijFOBOL9SsV1NKRcibPQcuzEiHhpD40T55aQNYHtu8cSrOZTycwv6AO62uNYu67Xf9MfmIAxjS4p-bd-ImZCxim4gnm6NeO30_eO8GU2OLjoWIWlSvivIJOUGX-jDnr2KkXLQ/s200/romance3.jpg" /></a><br />
</div>Um dia desses andando pela locadora, procurando um filme bobinho para passar o domingo aluguei “Romance” (2008), o nome parecia dizer tudo, mais uma comédia romântica “água com açúcar”. <br />
No entanto, me surpreendi, apesar da história simples o filme é rico em metalinguagem e poesia e arranca risadas e lágrimas. A direção é de Guel Arraes (“O Auto da Compadecida” / “Lisbela e o Prisioneiro”), o roteiro é de Jorge Furtado (“Meu tio matou um cara”) e no elenco estão Letícia Sabatella, Wagner Moura, Andréa Beltrão, Marco Nanini e José Wilker.<br />
Ana (Sabatella) e Pedro (Wagner Moura) são atores de teatro, Pedro está montando a peça “Tristão e Isolda” e escolhe Ana para contracenar com ele na peça. O amor deles nasce entre a ficção e a realidade e diversas vezes o espectador não sabe se eles estão encenando ou se é verdade e esta metalinguagem que torna o filme tão interessante. <br />
Os atores vivem a paixão até que Ana é convidada para estrelar uma novela, durante um tempo ela fica entre o teatro em São Paulo aos finais de semana e as gravações no Rio de Janeiro. Com o sucesso dela na TV as peças de Pedro recebem grandes platéias, mas ele está insatisfeito, argumenta que as pessoas estão ali para ver a atriz da novela e não pelo teatro, diante de crises de ciúme a paixão dos dois fica insustentável. <br />
Tempos depois Pedro é convidado a dirigir uma minissérie na televisão e cria uma versão nordestina para “Tristão e Isolda”, neste momento o roteiro busca a comicidade, o que de certa forma atrapalha o resultado final, algumas piadas prontas e clichês quebram o andamento do filme.<br />
Apesar desta quebra, os atores conseguem sustentar a obra, que tem alguns pontos fortes como a maneira irônica com que trata a vaidade dos atores famosos, representado especialmente pelo personagem de Marco Nanini. <br />
A força do filme está também na trilha sonora, que tem como tema “Nosso estranho amor”, interpretada por Caetano Veloso. O roteiro lembra um pouco a série “Som e Fúria”, produzida este ano por Fernando Meirelles, que mostrou os bastidores do teatro. <br />
Nos extras do DVD é possível assistir o making of e o episódio de “Tristão e Isolda” que é gravado dentro do filme.Unknownnoreply@blogger.com1