Quando eu estava no colegial e no cursinho os professores de redação e português só falavam na revista Veja como fonte de informação, provavelmente por ser a mais citada dentro dos maiores vestibulares do país.
Eu então incentivada pelos professores, e correndo atrás de uma vaga em alguma faculdade pública lia Veja toda semana.Engraçado que alguns amigos mais velhos me diziam que ela não era a melhor revista, que eles se colocavam como donos da verdade em diversas reportagens , sendo muitas vezes até preconceituosos.
Mas não fazia sentido...como a revista mais famosa do país, escolhida pelas melhores faculdades brasileiras para servir de base para seus vestibulares, poderia ser tão ruim?
Ao entrar na faculdade tive contato com outras formas de mídia que nem sabia que existiam, sites como o centro de mídia independente e o observatório da imprensa , revistas como a OCAS e a Caros Amigos.
Entrando em contato com essas outras formas de expor as informações, percebi o quanto estava enganada em relação à revista Veja.
O que me deixa triste é que os adolescentes continuam sendo levados pelos seus professores a lerem somente a Veja, e um jornal diário optando entre Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, como se só houvessem esse meios de informação escrita.
Acredito que faria diferença se os educadores usassem o seu tempo em sala de aula para além do vestibular, mostrando que a comunicação é ampla, que existem diversas maneiras de expor uma mesma informação e que é a partir dessa diversidade de leituras que cada um pode tomar decisões com consciência.
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